25 Outubro 2023

Desafios à preservação do património audiovisual na Fundação Portuguesa das Comunicações

Dia Mundial do Património Audiovisual assinala-se a 27 de outubro. A efeméride serviu de mote à seguinte reflexão, da autoria de Joana Alarcão, Diretora de Comunicação e Relações-Públicas da Fundação Portuguesa das Comunicações.

Em 2005, na 33ª Conferência Geral das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, foi definida a data de 27 de outubro como o Dia Mundial do Património Audiovisual. Esta efeméride permite-nos refletir sobre a importância da preservação do património audiovisual para o conhecimento da história social, cultural e económica de uma sociedade.

Através da preservação dos meios audiovisuais garantimos o registo de acontecimentos que não presenciámos e retratamos a nossa memória coletiva. É também com este património que mantemos viva a língua, fixamos a mentalidade de um dado tempo, os seus valores e comportamentos.

Na Fundação Portuguesa das Comunicações guardamos materiais audiovisuais que contam a história dos correios e das telecomunicações através de filmes e vídeos. Estas fontes de informação revelam ações de formação, apresentação de campanhas publicitárias, divulgação de produtos e serviços, filmes institucionais de reuniões, congressos e anúncios para televisão.

No arquivo histórico da Fundação encontramos registos em película, Betacam, VHS, U-matic e DVD. Os desafios de manutenção e armazenamento destes ficheiros são complexos uma vez que trabalhamos com formatos que se desatualizam com muita rapidez. E se, numa primeirafase, tratámos de garantir a manutenção das máquinas de leitura para cada formato, neste momento a prioridade é armazenar tudo numa cloud, o que impõe também uma nova realidade às reservas museológicas que aos poucos reduzem a necessidade de ter grandes armazéns e passam a ter a urgência de comprar espaço digital.

Na atualidade, as Fundações que têm à sua guarda património audiovisual cumprem uma missão importante de categorização dessa informação que é cada vez em maior número e deve ser disponibilizada ao público de uma forma organizada. Isto porque ao ser um registo em voz e imagem permite dar a ver o passado para compreender o presente e projetar o futuro.

Joana Alarcão

Diretora de Comunicação e Relações-Públicas

Fundação Portuguesa das Comunicações / Museu das Comunicações


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