19 Julho 2023

Celebração do 40º aniversário do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian começa com instalação a sobrevoar Lisboa

Masayume é o nome da instalação desenvolvida pelo coletivo que vai ser visível nos céus da capital até domingo.

A monumental instalação vai sobrevoar os céus de Lisboa, em vários locais da cidade, entre as 8h e as 10h30 e entre as 19h e as 21h30 dos dias 20, 21, 22 e 23 de julho, no âmbito da  temporada de arte contemporânea japonesa que vai celebrar os 40 anos do CAM – Centro de Arte Moderna.

Desenvolvido pelo premiado coletivo Mé,  constituído por Haruka Kojin, Kenji Minamigawa e Hirofumi Masui, o projeto vai surpreender os habitantes da cidade, desafiando a sua capacidade de lidar com o inesperado. Intitulado Masayume (em português, sonho que se torna real) nasceu de um sonho de um dos artistas e será mostrado pela primeira vez fora do Japão. A instalação está sujeita às condições meteorológicas sendo confirmada com um mínimo de 24 horas de antecedência.

Ainda no âmbito da temporada japonesa, no 21 de julho, o Grande Auditório da Fundação vai acolher a performance e instalação audiovisual 100 Cymbals, do compositor e artista visual Ryoji Ikeda, interpretada pelo reputado ensemble Les Percussions de Strasbourg. É também apresentado um tributo de Ikeda a John Cage: a interpretação livre da obra But what about the noise of crumpling paper, composta em 1985 pelo compositor americano, pioneiro da música aleatória e eletroacústica.

Uma proposta singular será apresentada no dia 23 de julho, pela artista Lei Saito, convidada a criar uma paisagem comestível, a que chamou Cozinha Existencial [Cuisine Existentielle], inspirada na sua investigação sobre a culinária, a história e o planeamento urbano da cidade de Lisboa. Tendo o Jardim Gulbenkian como pano de fundo, Lei Saito cria uma instalação com vários alimentos e objetos cerâmicos, oferecendo ao público uma surpreendente experiência estética e sensorial.

A temporada retoma em setembro, com uma presença de vulto, a artista Mieko Shiomi, que se tornou membro do Fluxus em 1964, movimento que teve em Yoko Ono um dos seus mais mediáticos expoentes. A célebre artista, com 84 anos de idade, apresenta uma obra inédita em outros espaços da Fundação, interpretada por músicos e artistas portugueses.


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