O trabalho do neerlandês Gerrit Melles e do sueco Claes H. Dohlman devolveu a visão a milhões de pessoas
Os investigadores Gerrit Melles e Claes H. Dohlman são os vencedores da edição de 2022 do Prémio António Champalimaud de Visão, pelo trabalho desenvolvido sobre doenças da córnea.
“As lesões ou distúrbios da córnea são, há muitos anos, uma das principais causas de cegueira em todo o mundo. Estes dois médicos-cientistas mudaram e aceleraram de forma decisiva o caminho para o tratamento desta doença. Um conhecimento mais aprofundado da camada externa transparente do olho, bem como a possibilidade de garantir uma bordagem melhorada e mais económica à cirurgia e ao transplante de córnea são essenciais para enfrentar este flagelo”, refere a Fundação Champalimaud em comunicado.
O trabalho de Claes H. Dohlman, do Massachusetts Eye and Ear – Harvard Medical School Department of Ophthalmology, esteve na origem do desenvolvimento de córneas artificiais. Já Gerrit Melles, do Netherlands Institute for Innovative Ocular Surgery, revolucionou o tratamento cirúrgico de doenças da córnea, nomeadamente através de novas técnicas de transplante.
O Prémio António Champalimaud de Visão foi lançado em 2006 e conta com o apoio do programa «2020 – O direito à Visão» da Organização Mundial de Saúde. É o maior prémio do mundo na área da Visão, com um valor de 1 milhão de Euros